sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Investimentos que valem à pena


Achei que seria de interesse geral essa reportagem e resolvi reproduzí-la aqui.
7 produtos que pagam o dinheiro investido na compra
Para alguns itens, gastar mais implica em economizar dinheiro no futuro
(Marcela Ayres, de EXAME.com)
É preciso voltar os olhos para a relação de custo benefício dos produtos.
1. Chuveiro elétrico
Invariavelmente apontado como o grande vilão da conta de energia, o chuveiro elétrico é – surpresa – um aliado na luta por preços mais em conta. A conclusão é de um estudo conduzido pelo Centro Internacional de Referência em Reuso de Água (CIRRA), vinculado à Universidade de São Paulo. Com o equipamento elétrico, um banho de oito minutos custa em média 30 centavos considerado o consumo de água e também de energia. Com aquecedores a gás esse preço é de 59 centavos, e com dispositivas de acumulação elétrica (boilers) o valor sobe para 1,08 real. É verdade que os chuveiros híbridos solares são mais econômicos: ficar oito minutos sob o jato de água quente custa apenas 27 centavos. Mas segundo o estudo, o custo de aquisição e instalação do chuveiro elétrico é infinitamente superior: 31 reais contra 888 reais do híbrido solar. Vale lembrar que quando usado na posição verão, o equipamento dá uma mão e tanto na economia de energia, reduzindo o consumo em até 30%.
Produto paga por si em três meses e meio

2. Gás Natural Veicular
Na Itália, o uso do gás natural veicular, ou simplesmente GNV, começou ainda na década de 30. Por aqui, o governo autorizou o uso do combustível em veículos particulares apenas em 1996. Com o preço do álcool chegando perto do gás, a conversão perdeu o apelo que tinha conquistado nos últimos anos. De qualquer forma, um cálculo simples mostra que quem roda muitos quilômetros por dia continua ganhando com a conversão. Um carro 1.0 com capacidade de andar 10 km/l com gasolina, fará cerca de 13km/m³ com GNV e 6,5 km/l com álcool. Considerado o último levantamento de preços divulgado pela ANP, o consumidor que dirigisse 1.500 km em um mês - ou 50 km por dia, gastaria cerca de 186 reais com o GNV, contra 387 reais com a gasolina e 401 reais com o álcool.
Produto paga por si depois de 1 ano

3. Filtro de água
Os preços dos filtros de água podem assustar o consumidor. Modelos que prometem muito mais do que livrar a água das bactérias chegam a custar mais de 1.500 reais. São equipamentos que regulam a temperatura em diversos níveis, liberam cálcio, magnésio e ozônio, e tiram do líquido o eventual sabor de cloro. Há, no entanto, filtros que cumprem com a sua função por um preço bem mais em conta. Vários modelos de barro podem ser encontrados por menos de 60 reais. Nesse caso, o benefício entregue pelo produto compensa em menos de um mês o gasto com a água engarrafada. Com galões de 5 litros variando entre 4 e 7 reais, beber dois litros de água por dia pode custar mais que 80 reais mensais para o consumidor.
Produto paga por si em menos de um mês

4. Pilhas recarregáveis
Se é preciso reunir um exército de pilhas para abastecer câmeras fotográficas, brinquedos e equipamentos sem fio, a tarefa tornou-se mais fácil com a popularização dos carregadores de bateria e das pilhas recarregáveis. Os primeiros são encontrados por valores que variam entre 30 e 70 reais. Na mesma faixa de preço, o consumidor pode levar para casa um pacote com quatro pilhas recarregáveis AA. Considerando um desembolso de aproximadamente 100 reais pelos produtos, é possível suprir a “demanda energética” de dois controles remotos por anos a fio. Já quatro pilhas descartáveis costumam custar cerca de 10 reais , mas no longo prazo ficam mais caras à medida que o consumidor precisa substituí-las com frequência. No caso da bateria recarregável ainda há vantagem da maior durabilidade - com menos chance de que o usuário de algum produto eletrônico fique sem poder usá-lo por falta de uma fonte de energia.
Produto paga por si em até 1 ano

5. Termostato digital
Por um investimento que vai de 85 a 210 reais, os termostatos digitais permitem a programação automática de funcionamento do aquecedor. Desta forma, é possível ajustar o equipamento para ficar ligado na hora que o indivíduo se prepara para o trabalho, evitando o gasto com o equipamento durante o sono. Com a programação, ele pode ser ligado novamente na hora que o morador volta para casa, fazendo com que ele encontre o ambiente sempre aquecido. A revista Consumer Reports, referência na avaliação de produtos nos Estados Unidos, estima que é possível reduzir a conta de luz em até 20% com o uso dos termostatos digitais programáveis. Para isso, não é preciso sequer desligar completamente o aquecedor. Basta ajustá-lo de 5 a 10 graus na hora do sono. Portanto, quem gasta 200 reais com a conta de energia elétrica e compra o aparelho pelo mesmo preço pagará o investimento em cinco meses apenas com a economia realizada.
Produto paga por si em até 1 ano

6. Cafeteira
Expresso, simples, pingado ou cremoso. A percepção de que as pessoas gastam muito dinheiro com o café de todos os dias levou o consultor financeiro David Bach a cunhar o termo “Fator Latte” para explicar todos os pequenos gastos que, devidamente somados, abocanham uma boa parcela do orçamento pessoal. Se você pedir um café de quatro reais todos os dias, o desembolso mensal com a bebida será de 80 reais. Parece pouco? No ano, a despesa chegará perto de 1.000 reais. Fazer o cafezinho em casa é uma alternativa para driblar esse gasto. Boas cafeteiras elétricas são encontradas por valores que partem de 50 reais. Modelos mais sofisticados, com sistema de cápsulas e funções automatizadas, podem ser comprados por 500 reais. Em ambos os casos, o produto pagará por si depois de determinado tempo, prometendo ainda mais economia quando, quitada a conta do equipamento, a única obrigação for manter o estoque de grãos na despensa.
Produto paga por si em um mês

7. Lâmpada fluorescente
A economia feita com a troca de lâmpadas incandescentes (amarelas) por fluorescentes (frias) é alimentada por duas frentes. Em primeiro lugar, as fluorescentes precisam de menos potência para prover uma boa iluminação. Em consequência disso, consomem muito menos energia. Além disso, a vida útil dessas lâmpadas larga na frente - e mantém uma distância confortável - da duração apresentada pelas suas concorrentes incandescentes. Enquanto uma lâmpada fluorescente pode ser trocada a cada oito anos (com duração de 750 horas por ano), uma lâmpada incandescente é substituída, em média, a cada 360 dias. Assim, quem trocar uma lâmpada incandescente de 60W (3,70 reais) por uma fluorescente de 15W (10 reais), poupará até 80% do consumo de energia. Mantida a economia, o investimento na troca dos itens deve se pagar em menos de 3 meses.
Produto paga por si em três meses.

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